15.6.08

Stephen Glass: dar vida à imaginação


Glass era um jovem e respeitado editor na notável revista americana New Republic. Como especialista em informática, seu assunto preferido eram os hackers, invasores de computador. Mas, depois de uma matéria em especial, veio a surpresa: mais de quarenta das reportagens escritas por ele para a revista eram falsas. Stephen não deixava pistas. Nas reuniões, contava as histórias de uma maneira tão interessante que acabava entretendo todos os outros que ouviam, deixando escondidas as possíveis falhas que pudessem existir. Disponibilizava fontes falas, inventava telefones e nomes. Escrevia mais um romance do que uma matéria. Mas toda mentira tem seu ponto fraco, e um dia uma delas furou. Glass acabou despedido e com seu nome esquecido.



O caso Glass é só mais um exemplo de tantas fraudes que acontecem a quase todo o tempo. Os valores estão confusos no século XX. O dinheiro é mais importante que a ética, a fama mais importante que a responsabilidade. Pensando assim as infrações vão se tornando cada vez mais comuns, infelizmente. Jornalistas que talvez por não serem seguras de sua própria capacidade ou por quererem colocá-la à prova a todo momento, passam por cima dos principios qua ainda restam e de quaisquer pessoas para chegar onde querem.



É essa ganância que está acabando com o prestígio da profissão e, principalmente, com a confiança que antes era depositada pela população, que agora se sente insegura em relação ao que recebe de informação. A situação já está crítica o bastante. Ou isso muda, ou o jornalismo original, responsável e seguro será extinto.

Xêro,

I.T.P.

Um comentário:

ROSA E OLIVIER disse...

"intima semente baila em meu reino
ao sabor de tuas doçuras..."

Ciao e mille bacini.