13.6.08

1968 e o Cinema Novo no Brasil




Definitivamente, não foi um ano qualquer. 1968 foi marcado por revoluções e protestos. Inovações e ousadias. Aos poucos as regras impostas pela sociedade foram sendo quebradas e os costumes, modificados. Mas um pouco antes, no início da década de 60, nascia o Cinema Novo, que prometia mudar a história cinematográfica no país.


Em meio à frustração e entusiasmo, jovens cineastas do Brasil se reuniram, após a falência de grandes companhias cinematográficas, com ideais inovadores e controversos e um lema: “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”, de Glauber Rocha. Ele que, aliás, acabou se tornando o grande herói desse episódio. Diretor crítico, revolucionário e marginal ao mesmo tempo, Glauber queria mostrar, sem fazer uma produção supervalorizada, a face subdesenvolvida do Brasil, o sertão, as injustiças. A realidade que, na maior parte das vezes, era mascarada. Ele representou por mais de uma vez o Brasil no festival de Cannes trazendo prêmios, reconhecimento e foi aclamado pelos outros cineastas.


Dividido em três fases, o Cinema Novo tinha como seus ideais tudo que fosse haosnema Novo trazia como seus ideais bcontrário a superproduções e a alienações culturais, buscando fazer filmes sobre o povo e para o povo. A primeira fase, que foi de 1960 a 1964, retratou exatamente todo aquele patriotismo que os cineastas já exalavam, voltando-se para o cotidiano do brasileiro e as misérias da população.


É então que surge a questão: onde 1968 se encaixa em todo esse processo? 1968 foi a transição, a mudança e a combinação, participando dos dois episódios seguintes na revolução. A segunda fase se passa no período de 1964 a 1968. E, em plena ditadura militar, não poderia tratar de outro assunto que não a política. Os erros, as decisões e as reivindicações por parte do povo. Por fim, os filmes tiveram o papel de mostrar as expectativas e de como o futuro da nação tendia a ser.


Em seu último momento (de 1968 a 1972), Cinema Novoperproduçvo erams cienmado pelos outros cienastas.
nnes trazendo pr foi fortemente influenciado pelo tropicalismo, movimento que era febre entre os brasileiros. Deixando de lado a política, retratava as belezas naturais do Brasil, quanto mais exótico melhor. A intenção era revelar o diferente e desconhecido.


Mas a revolução do cinema logo teve fim devido à repressão política na época. Alguns dos participantes foram exilados, outros simplesmente fracassaram. A realidade não era mais a mesma e a única alternativa dos cineastas agora era se adaptar às mudanças, mesmo que para isso fosse preciso abandonar algo daquilo que acreditavam. Nascia assim um movimento novo, mas isso é uma outra história.
Xêro,
I.T.P.

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